O Governo de Minas Gerais divulgou, nesta quinta-feira (14), que o Estado encerrou 2023 com o maior Produto Interno Bruto (PIB) da história. Esse valor, segundo estudos realizados pela Fundação João Pinheiro (FJP), representa um avanço de 3,1% na geração de riquezas frente a 2022.

A responsável pelo estudo ainda destacou que o desempenho de Minas ficou acima da média do país, tendo alta de 2,9%. No ano passado, a fatia mineira no PIB nacional fechou em 9,5%, o que coloca o estado em 3º lugar entre todos os outros, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.

Para o governador Romeu Zema, esta é uma marca relevante para o Estado e está de acordo os ideais de melhoria na saúde, na educação, na segurança e na infraestrutura. Além disso, para ele, o cenário também favorece a geração de empregos e o aumento da renda da população mineira: "O mineiro quer também ter emprego, ter melhoria na renda. A atração de investimentos tem um papel fundamental neste processo. Temos R$ 390 bilhões atraídos na nossa gestão [...] a nossa meta até o final de 2026 é gerar um milhão de empregos. Já estamos na casa dos 750 mil empregos e vamos chegar lá”, explica.

O vice-governador Professor Mateus explica que o crescimento de 8,8% do PIB brasileiro para 9,6% é importante porque demonstra a capacidade do estado em atrair investimentos e gerar oportunidades, mesmo tendo passado por uma grave crise que afetou todo o mundo durante a pandemia de 2020.


Crescimento

De acordo com os dados da FJP em relação ao PIB de Minas Gerais, em 2023 a Agropecuária foi o setor que mais cresceu percentualmente, 11,5%, seguida da Indústria (3,1%) e Serviços (2,2%).

Sobre isso, o pesquisador da Coordenação de Contas Regionais da FJP, Thiago Almeida, explicou que Minas teve o setor agropecuário com o aumento de volume de produção, com as principais culturas apresentando acréscimo: "Na indústria extrativa mineral, houve um crescimento importante na produção do minério de ferro com as principais empresas do setor. Ainda na indústria, outro destaque foi o segmento de Energia e Saneamento, que, com o aumento das temperaturas e do consumo de energia, elevou a geração de eletricidade. Nesse aspecto, houve crescimento robusto na produção de energia solar fotovoltaica, onde tivemos uma série de investimentos nos últimos anos no estado”, analisou

Apesar do crescimento mais modesto dos Serviços, a contribuição para a geração de riqueza em Minas Gerais é significativa. Isso se deve ao fato de que o setor representa quase dois terços da economia do estado, abrangendo atividades como comércio, transporte, administração pública e outros serviços.

Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), Fernando Passalio, a expansão da economia mineira é resultado do esforço contínuo do Governo de Minas para posicionar o estado de forma destacada no cenário nacional: “Nos últimos cinco anos, e agora entramos para o sexto, temos buscado, intensamente, impulsionar o desenvolvimento econômico mineiro. Para isso, são constantes os esforços para estruturar o nosso estado e atrair investimentos privados para Minas Gerais. E é isso que temos feito por meio de ações conjuntas, orquestradas pelo governador Romeu Zema e o vice Professor Mateus. Os números do PIB reiteram que Minas Gerais avança no caminho certo."


Geração de energia e de riquezas

Na produção industrial do estado, um dos destaques no ano anterior foi o setor de Energia, refletindo o intenso trabalho de estímulo ao desenvolvimento econômico e responsável pelo Governo de Minas. Durante esse período, a geração de eletricidade em Minas Gerais, medida em GWh, registrou um aumento de 15,8% em comparação com 2022. Além disso, em relação ao trimestre anterior, houve um crescimento de 16,7%.

A análise anual revela que o incremento na geração de energia ocorreu nas usinas de Furnas, de Peixoto/Mascarenhas de Morais, Marimbondo, Porto Colômbia, Três Marias, Nova Ponte e Água Vermelha, conforme dados fornecidos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico.

Desde 2019, o governo tem demonstrado seu compromisso em conduzir Minas Gerais no processo de transição energética, priorizando a geração de energia por meio de fontes limpas e renováveis. Um dos principais exemplos dessa política é o Projeto Sol de Minas, implementado pela Sede-MG, cujo sucesso tem impulsionado a geração solar fotovoltaica no estado.

Frederico Amaral e Silva, subsecretário de Atração de Investimentos e Cadeias Produtivas, destaca que o crescimento da geração de energia limpa em Minas Gerais está relacionado não apenas ao desenvolvimento da energia solar, mas também a outras fontes limpas de energia, que são fundamentais para o processo de transição energética em nível global.

“Em Minas, já são mais de 7 GW de geração de energia solar, sendo que fomos o primeiro estado brasileiro a atingir a marca, já em 2024, de 4 GW de geração centralizada. Isso significa que 20%, ou seja, um quinto de toda a energia gerada em Minas pela nossa matriz elétrica é proveniente de fonte solar. Os números são frutos dos esforços desta gestão para impulsionar essa cadeia produtiva e dar a este setor todo respaldo e apoio necessários para que ele possa se desenvolver”, explica o subsecretário da Sede-MG.


Atração para investimentos

Comparando entre o quarto trimestre de 2023 e o mesmo período de 2022, Minas Gerais também apresentou um crescimento real na atividade econômica, alcançando 2,6%. Esse aumento foi impulsionado pelo incremento na produção tanto na agropecuária quanto nas indústrias e nos serviços. Por outro lado, em relação ao trimestre anterior com ajuste sazonal, observou-se uma leve queda de 0,5%.

O estímulo à atividade econômica no estado ao longo do ano é resultado da implementação dos princípios da Lei de Liberdade Econômica, por meio do Programa Minas Livre Para Crescer. O objetivo da atual gestão é tornar Minas Gerais o estado mais favorável para empreender no Brasil.

Desde 2019, o Governo do Estado já atraiu mais de R$ 391 bilhões em investimentos privados, representando a criação de mais de 194,3 mil empregos diretos. Os principais setores contemplados incluem Infraestrutura (R$ 90 bilhões), Mineração (R$ 85,7 bilhões), Energia Solar (R$ 74,9 bilhões), Ferroviário (R$ 33,6 bilhões), Automotivo e Autopeças (R$ 26,1 bilhões), Sucroenergético (R$ 12,4 bilhões), Minerais Críticos (R$ 9,8 bilhões), Outras Energias (R$ 7,2 bilhões), Siderurgia (R$ 6,4 bilhões) e Embalagens (R$ 5,8 bilhões).

Na visão do secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Thales Fernandes, o sólido desempenho do setor agropecuário no estado se deve ao aumento na produção de algumas culturas relevantes, com destaque para o café ao longo do ano passado: "Foi um ano de bienalidade positiva, característica da cultura do café, que alterna anos de safra boa com outra de produção menor. Em 2023, o crescimento foi em torno de 7 milhões de sacas. Houve aumento também no milho de segunda safra, soja e cana-de-açúcar”, avaliou.

Cristiano Machado / Imprensa MG - Economia mineira cresce 3,1% em 2023 e PIB supera R$ 1 trilhão pela primeira vez na história

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